quarta-feira, 2 de julho de 2008

Sobre essa tal liberdade...


Qualquer dia desses gostaria que alguém me explicasse o que significa, de verdade, a tal liberdade de culto. Mas já vou avisando que não aceito qualquer resposta. Quero uma resposta honesta no sentido de isenção de qualquer interesse, ok? Eqüidistante dos extremos.

A primeira definição de religião que fez soarem todos os sinos dentro da minha cachola eu encontrei em um livro sobre Hatha Yoga, escrito pelo professor Hermógenes, decano da Yoga no Brasil, um cara realmente admirável, honesto, coerente, enfim, um sujeito 100% na minha modesta opinião. Pois bem, o mestre Hermógenes tratava logo na introdução do livro de deixar claro o caráter não religioso da Yoga. Infelizmente não me lembro das palavras com exatidão, mas ele deixava claro também, embora sutilmente, que as religiões eram uma forma de exercício do poder, não divino, mas humano!!!! blem blem blem...

Foi a primeira vez que ouvi isso, tinha uns 12 ou 13 anos, e... encaixou di-re-i-ti-nho. Fechou o circuito. Bingo... então era isso que me desagradava nesse lance todo de religião.... que me fazia ser impermeável àquilo tudo... ufa! Aleluia! Até aquela altura me sentia como aquele solo árido da parábola, saca? Aquela das sementes jogadas no espinho, no chão seco e duro ou, finalmente, no solo fofinho e rico em nutrientes onde, enfim, germinariam pra caramba. É... eu não era nada disso. Não era uma questão de aridez do meu espírito. O que eu tinha era um certo senso crítico em relação à religião. Beleza!

E assim venho levando minha relação com crenças em geral, com muuuuuuuuuuuuuuuuuuito senso crítico. Isso sem falar em bom-senso puro e simples.

Voltando à liberdade de culto. É claro que todos devem ser livres para acreditar, professar e seguir sua fé. O problema é quando a "religião", ao promover e defender a condenação de quem não está dentro de seus parâmetros, nos obriga a questionar essa tal liberdade.

Sinto muito, mas se a sua religião te fizer queimar livros, humilhar pessoas, ou quiser impedir o direito da existência de alguém ou interferir na sua liberdade, algo está muito errado. Com ou sem trocadilho, trata-se de má fé.

Um comentário:

Ana Duarte disse...

Também não engulo muito isso de liberdade de culto não... as pessoas estão confundindo a liberdade pessoal com o respeito ao bem comum, à comunidade.
Voltou, muito bem "flipper", vais ganhar uma sardinha... rs
Beijo