sábado, 3 de maio de 2008

Nenhuma informação ainda é melhor do que uma informação errada


Será que a facilidade de acesso à informação é indiretamente proporcional a qualidade da informação? Será que quanto mais informação tivermos ao nosso dispor mais desinformados seremos? Essas não são perguntas muito originais, mas é difícil não concluir que o estágio atual da comunicação não passa de uma daquelas ironias do destino. Ou seja, antes tínhamos cabeça mas a informação não estava disponível para todos. Hoje temos toneladas de informação entrando por todos os buracos do indivíduo e não sabemos processá-la, muito menos o que fazer com ela, muuuuuito menos saber distinguir o que presta e o que não presta.

Não saber distinguir é um grande problema, por que, infelizmente, a maioria dos que estão "produzindo" informação nos dias de hoje não têm o menor compromisso ou preocupação com qualidade. Competência e isenção são artigos de luxo. Um bando de gente escrevendo sobre um bando de coisas. De qualquer jeito.

É claro que essa constatação vale para a informação de uma maneira geral. Mas é claro, também, que a minha particular preocupação está dirigida ao que existe de informação disponível para as lésbicas. Dando uma olhada no que temos por aí, não posso deixar de ter a impressão de que nenhuma informação ainda é melhor do que uma informação errada. Será? Eu acho.

Complicado isso.

Me incomoda constatar que o conhecimento está regredindo, que certas edificações estejam sendo erguidas sobre bases envelhecidas e comprometidas. Pra algum lugar a gente vai, mas... Tinha a esperança de ser testemunha ocular de alguma evolução. Enfim...

Nenhum comentário: